terça-feira, 12 de outubro de 2010

Realismo

O projeto literário do Realismo
Eça resume os objetivos que norteiam toda a literatura realista: produzir, por meio da arte, uma representação da realidade que permita condenar o que há de mal na sociedade. O desejo de pintar a anatomia do caráter humano se explica pela necessidade de compreender a origem de praticas e comportamentos sociais, negativos.
Para fazer essa análise, os escritores realistas adotaram a razão e a objetividade como lentes através das quais observam a realidade. O que revelam é uma burguesia hipócrita e fútil, que explora o proletário enquanto professa o amor e a justiça à igualdade.
As condições de produção e circulação dos romances realistas são os folhetins.

De que modo a Revolução Industrial favoreceu o surgimento da estética realista
Ela desencadeou mudanças tão profundas no modo de produção que se tornou responsável pela reordenação da economia mundial do século XIX.
A multiplicação das maquinas e o crescimento do comercio ajudaram a disseminar um clima de otimismo que associava as mudanças nos modos de produção à possibilidade de importantes reformas sociais e prometia tempos de prosperidade econômica e desenvolvimento técnico e cientifico.
A industrialização, porem, acarretou um efeito social contrario ao esperado, acentuou a distinção entre a burguesia e a classe trabalhadora (proletário). Os trabalhadores, agora assalariados, foram empurrados em direção à pobreza.

Como o individuo perdeu lugar para a sociedade no centro da obra literária
 Com o declínio dos tipos tradicionais de lavoura e o uso das máquinas, os camponeses foram expulsos do interior e iam para as cidades em busca de empregos nas indústrias e fábricas. Mesmo os grandes centros, como Londres e Paris não contavam com uma infra-estrutura adequada para absorver um crescimento populacional tão grande. Logo começaram a enfrentar problemas graves, como epidemias.
A realidade das máquinas, dos transportes e das novas teorias sociais tornava invisível a visão de mundo romântica, que projetava no indivíduo e em seus dramas sentimentais, o centro do universo.
Os artistas procuraram um novo parâmetro de interpretação da realidade. Foi assim que a objetividade ocupou o lugar do subjetivismo romântico e a valorização desmedida da emoção foi abandonada. Em lugar de tratar dos dramas individuais, o olhar realista focalizará a sociedade e os comportamentos coletivos.

Por que a idealização romântica foi substituída por uma postura nacional e objetiva
O artista procura analisar a realidade que cerca tendo a razão como seu instrumento principal. O subjetivismo é substituído por um olhar mais objetivo: o texto literário passa a oferecer descrições e informações factuais, para que o leitor possa formar uma impressão geral dinâmica social representada em cada obra.
O interesse pelo funcionamento e pela organização da sociedade leva os escritores realistas abordarem as necessidades materiais humanas e discutir as condições econômicas necessárias para satisfazer tais necessidades. Esse interesse afasta o romance realista da perspectiva idealizada que caracterizou o romantismo, quando as obras não tratavam dos aspectos práticos da vida.

Como se caracterizou o realismo de Machado de Assis
Podemos dividir as obras de Machado de Assis em duas fases: Na primeira fase (fase romântica) os personagens de suas obras possuem características românticas, sendo o amor e os relacionamentos amorosos os principais temas de seus livros. Desta fase podemos destacar as seguintes obras: Ressurreição (1872), seu primeiro livro, A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878).
Na Segunda Fase (fase realista), Machado de Assis abre espaços para as questões psicológicas dos personagens. É a fase em que o autor retrata muito bem as características do realismo literário. Machado de Assis faz uma análise profunda e realista do ser humano, destacando suas vontades, necessidades, defeitos e qualidades. Nesta fase destacam-se as seguintes obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892), Dom Casmurro (1900) e Memorial de Aires (1908).

Como Machado de Assis revelou em sua obra comportamentos da elite do Segundo Reinado
Ele desenvolve um novo olhar para a sociedade do segundo império, esboçando de modo revelador e impiedoso seu retrato mais fiel.
A crítica social realizada no livro Memórias Póstumas de Brás Cubas por Machado de Assim é inovadora, porque seus romances representam o público burguês de modo tão realista que acabam por provocar, entre os leitores, muito mais identificação que constrangimento.
Na sua segunda fase machadiana ele concentra-se na falsidade da vida depois do casamento, marcado pela traição.

Qual a importância do diálogo com o leitor na ficção machadiana
O objetivo é manter a atenção do leitor, e não convencê-lo a se comportar dessa ou daquela maneira, como queriam os românticos. Todo o apelo sentimental desapareceu e o leitor é convidado a contemplar personagens que não se definem pelas suas virtudes, mas apresentam em maior ou menos grau, uma personalidade mesquinha e sórdida.
O objetivo do narrador é divertir e, ao fazer isso, seduzir de tal modo que o leitor aceite as caracterizações mais duras e cruéis de personagens cujo perfil é muito semelhante ao dele. 


Obras realistas












segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Quem Somos

No dia 13/09/10, a sala recebeu uma proposta de trabalho vinda da Profª Gislaine que consistia em:
Formar 5 grupos com 4 pessoas e 1 com 3 e criar um blog contendo todos os itens da pesquisa feita pelos alunos sobre a escola literária do Realismo. Neste Blog deverá ter imagens e um local para os visitantes fazerem comentários. O 1º comentário será da professora e todos os grupos deverão participar dos comentários dos demais.
A apresentação do blog precisará ter identificação do grupo, com o nome de todos, números, a série, o nome da escola e da professora

      Bem, somos: Cesar André de Paula                         N° 04
                           Paulo Sergio Guilhen Filho                  N° 19
                           Larissa Rosa                                      N°14

 2º ano do Ensino Médio
alunos da Profª Gislaine
do SESI 430
R: Cezar Pupim N° S N - Jõao Paulo II